Carmo Rosa relembrou um belíssimo poema curto de Miguel Torga, cuja mensagem é plena de actualidade e intemporalidade:
Sísifo
Recomeça…
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar
E vendo
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.
in Diário XIII
***
Reflectindo sobre formas de incrementar o turismo paisagístico (e cultural) em Silves, António Baeta relembrou um texto escrito no seu blogue em 2004 sobre as amendoeiras em flor, juntando-lhe um apelo ao novo Executivo da Câmara Municipal de modo a potenciar o turismo de inverno na cidade de Silves:
Por onde andarão as amendoeiras?
Sei que não são árvores de sombra, nem árvores ditas decorativas, mas são certamente património do nosso Algarve e, por via da lenda frequentemente atribuída a Silves, um património local.
Não haverá um sítio apropriado, uma pequena área, onde se possa colocar algumas amendoeiras?
Que bem que ficariam na encosta Norte da Alcáçova!
Imagino-as já, na Primavera, iludindo de neve os olhos saudosos dos europeus do Norte que nos visitam, os nostálgicos olhos dos algarvios e dos silvenses que todos os anos as buscam e cada vez as vêem menos, os tristes olhos dos portugueses, que aqui vêm na rota dos mistérios e das belezas do Sol e do Sul.
Património não é só o do passado remoto; é também aquele que a "civilização", no seu passo impiedoso vai destruindo. Saibamos nós mantê-lo, por respeito aos nossos avós e a nós próprios.
Hoje, venho oferecer esta foto e esta minha mensagem à Sr.ª Presidente da Câmara.
Venho sugerir a plantação de amendoeiras na encosta norte do Castelo de Silves.
Essa iniciativa poderá vir a tornar-se um cartaz turístico de Inverno com base na Lenda das Amendoeiras, que vários autores atribuem à nossa cidade.
Imagino já Silves em finais de Janeiro e princípio de Fevereiro, talvez até usando a proximidade do Carnaval, procurada cada vez mais por turistas que querem vivenciar a Lenda das Amendoeiras e usufruir de todo um envolvimento cultural servido pelo teatro, associado à doçaria regional - Morgado de Silves -, a um recital de poesia ou um encontro de poetas em torno desta temática, que se pode estender à música, à dança, a exposições de fotografia ou pintura, a lavores de renda de bilros e de bordados, tão tradicionais em Silves, a um percurso que contemple chaminés com estilizações da flor da amendoeira ou mesmo sem elas...
Nesta sugestão podem caber muito mais coisas e algumas destas que avancei podem até não fazer grande sentido turístico, mas acho que é uma sugestão que pode ser estudada e aplicada e já que as amendoeiras têm que ser plantadas e crescer até dar flor, creio que nada se perde em plantá-las já, naquela encosta abandonada.
O meu bem-haja, Sra. Presidente.
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Fernanda Marcelino partilhou uma marcante obra de Henry David Thoreau, Walden ou a vida nos bosques, publicada inicialmente em 1854 e que, de forma autobiográfica (Thoreau retirou-se, de facto, para a floresta em 1845, durante dois anos, onde construiu com as suas próprias mãos a casa e os respectivos móveis, adoptando um modo de vida simples e despojado, em estreito contacto com a natureza), se apresenta uma espécie de manifesto contra a sociedade capitalista e a civilização industrial oitocentistas.
Mas a obra é mais do que isso: é um apelo à reflexão visando uma profunda compreensão da sociedade e a descoberta das verdadeiras necessidades da vida, bem como uma proposta de releitura de conceitos como a liberdade/independência pessoal, a espiritualidade e a auto-suficiência. O livro de Thoreau torna-se-ia mesmo uma referência incontornável para a Ecologia e para o movimento beat e hippie.
A propósito desta sugestão, gerou-se algum debate dentro da Tertúlia sobre o facto de, actualmente, muitas pessoas, nomeadamente jovens (mas não só), estarem a voltar para os campos (o inverso do êxodo rural tão verificado noutros tempos), sobretudo por necessidade económica (a crise/elevado desemprego e, daí, as potencialidades da agricultura e de outras áreas aparentadas em termos de autarcia, qualidade de vida/saúde e de obtenção de rendimentos), mas também como voluntária opção de vida sustentada financeiramente por outras fontes. Lúcia Mendonça deu o seu testemunho sobre este tema aludindo ao seu caso pessoal, isto por se identificar com a mensagem da obra em causa e ter feito também essa opção.
[edição original]
Um pequeno excerto:
Uma tarde de Setembro, após um duro dia de labuta, John Farmer sentou-se à porta, com a cabeça ainda no trabalho. Depois de tomar banho sentou-se para dar vazão ao seu ser intelectual. Era um anoitecer frio e alguns vizinhos estavam apreensivos com uma possível geada. Mal tinha mergulhado nos seus pensamentos, ouviu uma flauta; uma melodia que se harmonizava com o seu estado de espírito. Continuou a cismar no trabalho, mas a carga do seu pensamento era tal, que embora lhe fervilhasse na cabeça e ele se achasse a planeá-lo e ideá-lo contra a sua vontade, ainda assim muito pouco lhe dizia respeito. Não passava do descamar da epiderme, constantemente atirada fora. Mas as notas da flauta aninhavam-se-lhe nos ouvidos, vindas de uma esfera diferente daquela em que trabalhava, sugerindo ocupação para certas faculdades que dormitavam nele. Suavemente as notas extinguiam a rua, o povoado e a condição em que ele vivia. Uma voz disse-lhe: - Por que razão continuas tu aqui a viver esta mesquinha vida de labuta, quando te é possível uma existência gloriosa? Aquelas mesmas estrelas sobre outros campos brilham. - Mas como sair desta condição e emigrar de facto para lá? Tudo em que pôde pensar foi em praticar uma nova austeridade, deixar que o seu espírito baixasse ao corpo para redimi-lo, e tratar-se com um respeito cada vez maior.
Obra integral (tradução brasileira) disponível aqui
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Paula Torres abordou um assunto polémico mas pertinente: a liberalização do consumo de drogas. Leu e comentou, a propósito, um excerto de uma entrevista com o neurocientista afro-americano Carl Hart, professor titular na Universidade de Columbia e defensor de uma visão diferente e inovadora relativamente à questão da dependência química, a qual não passa pelo acentuar de práticas como o internamento nem pelo endurecimento das leis anti-droga.
Neurocientista Carl Hart
O investigador relembra que "as pessoas podem beber todas os dias e ainda assim lidar com todas as suas responsabilidades. O mesmo se dá com usuários de crack, cocaína, maconha". E alerta para o facto de apenas um número muito pequeno de pessoas ter um comportamento psicossocial anómalo devido unicamente às drogas. Na maioria dos casos existem outros motivos/problemas associados, variados, mas Carl Hart frisa que a sociedade em geral está mais preocupada em maldizer as drogas e não tanto em "lidar com os problemas sociais mais complexos que transformam as pessoas em dependentes químicos".
Este tema gerou amplo e entusiasmado debate, nomeadamente em relação ao conceito de "vício"/"viciado" e suas causas (para Hart um viciado é alguém que devido ao consumo não consegue desempenhar as suas funções psicossociais: ir trabalhar, lidar com responsabilidades, descurar aspectos importantes da vida quotidiana, etc.) e às implicações da proibição ou legalização do uso de drogas. Chamou-se a atenção para os perigos de generalizar as conclusões do neurocientista a qualquer tipo de droga, bem como para questões como o conceito de "regularidade" no que toca ao uso de estupefacientes, a importância das especificidades do organismo de cada pessoa e respectiva capacidade física de assimilar/"encaixar" níveis elevados de substâncias consideradas nocivas, a presença e influência das drogas no universo artístico (e, por vezes, o uso mediático e perverso que certos "ícones" fazem dessa associação para obter maior popularidade junto do público), etc.
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José Paulo Vieira relembrou as emblemáticas cegonhas de Silves e o seu "teco-teco-teco-teco-teco-teco...", lendo um singelo poema da sua autoria e dando a conhecer algumas notas estatísticas e outras relevantes sobre as mesmas, como sejam as várias causas do "aumento acentuado do número de efectivos [de cegonha branca] que ocorrem no nosso país ao longo de todo ano".
Cegonha branca
Teco - teco - teco - teco - teco - teco...
cegonha me animas,
com teu bater de bico
ritmado, intermitente;
inspiras-me em rimas,
em versos me fico... (contigo)
mesmo só, jamais ausente.
Ave pernalta, que das Áfricas vens.
Sabes?...
Em mim, tens
o meu ser, sempre em alta
quando ouço esse teu canto,
Teco - teco - teco - teco - teco - teco...
Teco - teco - teco - teco - teco - teco...
Teu amor a teu par,
monogâmico infindo,
teu ninho, é teu lar;
calas, bem no fundo,
qualquer insano, deste mundo...
Tens o teu céu, não o limbo.
Pássaro que habitas,
teu graveto entrelaçado;
construído...
e por ti arquitectado.
Por menos, não te ficas
e de novo, e, orgulhoso,
Teco - teco - teco - teco - teco - teco...
Teco - teco - teco - teco - teco - teco...
Tua prole, razão absoluta,
viver p'la descendência,
afeição resoluta;
exemplo de vida, em vida,
da forma mais querida...
principal, única essência.
Num etéreo espaço,
num voo planado,
compassado;
num bate asas,
alto ou rasante,
como pêndulo oscilante,
me hipnotizas e calas.
Chaminé antiga teu terraço.
Dessa tua casa,
oiço teu namoro
em teu canto:
Teco - teco - teco - teco - teco - teco...
(José Paulo Vieira)
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Lúcia Mendonça, a propósito da "substância do amor", partilhou um tocante poema do escritor e jornalista Manuel António Pina:
Completas
A meu favor tenho o teu olhar
testemunhando por mim
perante juízes terríveis:
a morte, os amigos, os inimigos.
E aqueles que me assaltam
à noite na solidão do quarto
refugiam-se em fundos sítios dentro de mim
quando de manhã o teu olhar ilumina o quarto.
Protege-me com ele, com o teu olhar,
dos demónios da noite e das aflições do dia,
fala em voz alta, não deixes que adormeça,
afasta de mim o pecado da infelicidade.
Manuel António Pina (1943-2012)
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Eugénio de Andrade e José Saramago também foram convidados para a Tertúlia pela voz de Ana Paula Baptista, que leu expressivamente dois singulares textos dos mesmos. A prosa do já falecido Prémio Nobel da Literatura, retirada do livro de crónicas Deste Mundo e do Outro, desencadeou inclusive algumas partilhas a propósito da "violência" (diferente de "agitação") com que tem de se encarar a vida, como, por exemplo, a "violência" que um indivíduo experimenta quando tem de comportar-se de determinada forma, de encaixar/aceitar algumas coisas, de recusar outras, de esquecer ou de lembrar ainda outras...
O sorriso
Creio que foi o sorriso,
o sorriso foi quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz
lá dentro, apetecia
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nu dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer naquele sorriso.
(Eugénio de Andrade)
Obra publicada em Lisboa em 1971, pela Editora Arcádia (n.º126 da "Biblioteca Arcádia de Bolso")
(contém crónicas escritas para: A Capital e Jornal do Fundão)
A vida é uma longa violência [excerto]
[...] A vida, fique sabendo, é mesmo uma longa violência. Houve um tempo em que achei que era antes uma longa paciência. Eu era mais novo, e por isso mais céptico. Mas hoje (com ou sem paranóia) penso que não senhor, a paciência não vem ao caso. Quando, como se costuma dizer, se vai para a idade, descobre-se que só violentamente se enchem os dias de vida. E então todo o passado aparece sob uma nova iluminação: quando nos julgávamos adormecidos e pacientes, estávamos afinal a acumular energias para o esforço dos últimos metros. A meta está num ponto qualquer, não sabemos onde, mas já que temos de atravessá-la, que seja (como direi?) em glória. Não se trata de aplausos, note-se. É, sim, o canto, o cântico, o hino, a simples ária íntima que dá a cadência do nosso passo acelerado. E para isto é precisa muita violência. A que sujeita os desânimos e as renúncias, a que transforma em corda esticada e vibrante o ser (paranóico, ou não) em que habita. Mas não pisemos ninguém, não confundamos esta violência com essa agitação.
[...]
***
Marco Mackaaij trouxe mais poesia, quer traduzida por si a partir de reconhecidos autores estrangeiros (holandeses e não só, mas praticamente desconhecidos em Portugal), quer da sua autoria:
No nevoeiro
Podes fazê-lo muitas vezes,
ou poucas.
Com a própria amada ou
a doutrem,
com a de ninguém ou
a de ainda ninguém.
Podes fazê-lo assim,
ou assado,
ou, se és jovem,
primeiro assim e
depois assado,
ou ao contrário.
Mas sejam quantas vezes, com quem e
como for:
um barquinho a vapor no nevoeiro
depois.
In de mist
Anton Korteweg (1944-)
Tradução de Marco Mackaaij (2013)
Receita de panela
Primeiro viole um povo
deixe estufar durante séculos
faça memórias levantar fervura
embrulhe a voz do bombo
junte pitada de dor
a saraivada de raiva
abafe o bombo outra vez
depois misture linhas de sangue
em lume brando
veja febre crescer
até energia rebentar
com sede de ritmo
corte bambu e cure
bata bem como o diabo
sempre a mexer junte som do balde de lixo
e punhadas na lata de bolachas
tape em favela
e não toque mais na mistela
quando pronta há-de explodir
Pan Recipe
John Agard
Tradução de Marco Mackaaij (2014)
[sem título]
Nunca aprendi a rezar
Já não fazia parte
Do currículo escolar
E agora já é tarde
As dúvidas têm ossos
Não invejam as certezas
Nos breviários dos moços
Educados com rezas
Às vezes um sentido
Podia ser aliciante
Mas seria desmentido
Ou mirabolante
E milagres são para virgens
Quem nasceu sem os três
Não acredita em ir além
Nem em voltar outra vez.
(Marco Mackaaij - 2010)
Futuro
Depois de ter percorrido o mundo inteiro a consultar aeromantes, acutomantes, cafeomantes, caomantes, capnomantes, cartomantes, catroptomantes, ceromantes, cleromantes, cristalomantes, cromniomantes, dactilomantes, dendromantes, escarpomantes, heteromantes, hidromantes, ichtiomantes, margaritomantes, necromantes, ofdiomantes, oinomantes, ovomantes, piromantes, quiromantes e tiromantes, ele um dia recebeu uma encomenda em casa. Vinha num caixote de madeira, 190 x 60 x 50 cm, com cadeado. Na tampa dizia: Cuidado! Contém futuro. Ele deu um grito, arrastou o caixote para o mercado e vendeu-o ao primeiro interessado. Trancado.
(Marco Mackaaij - 2014)
Obs: vejam aqui o significado das 22 formas curiosas de prever o futuro presentes no texto acima transcrito
Já depois da Tertúlia, mas ainda dedicado à mesma e voltando à ideia expressa na crónica de Saramago acima referida, Marco Mackaaij enviou-nos de Paris, via email, o seguinte poema:
Mar Morto
A violência começa
Quando a paciência não chega
Quando o oceano que vivemos
Se vê cercado por desertos
E refém mar interior
Depois salina seca... seca...
(2014)
***
Esmeralda Lopes Alves leu, com os seus bonitos óculos verdes, um poema da sua autoria:
Gravei as tuas palavras a tinta da china
Num papel de arroz matizado a sépia.
Escuta
Há palavras inclinadas sobre o meu coração
Outras vestidas de organdi
Perfumadas porque falam de ti
Meu amor
Não têm tempo, são o sol e são a lua
São a árvore alta do teu jardim
Olha estas, aqui, são labirintos
onde se escondem as saudades,
talvez do que ainda não vivemos.
As sibilas auguram:
Doces palavras sussurradas no estio
À beira rio da nossa memória,
Visionárias, proféticas, sibilinas,
Ao cair da noite,
Anunciam aos quatro ventos
este grito encarcerado na pele.
Agarrei-as
e sai por aí
vou ao teu encontro porque
A hora é nossa!
***
Paulo Pires falou sobre egoísmo e altruísmo, suas (in)sondáveis aproximações e diferenças (por vezes, tão ténues quanto evidentes), isto a propósito do número especial da revista Egoísta, publicado em Setembro de 2012, na qual participam nomes como Rui Cóias, José Luís Peixoto, Carlos Câmara Leme, António Costa Santos, entre muitos outros. Revisitou também o tema das viagens, errância e nomadismo, evocando Bruce Chatwin e uma obra antológica que a Quetzal publicou em 1997 com textos seus de várias proveniências e registos: Anatomia da errância.
Bruce Chatwin (1940-1989)
Um dos excertos lidos pertence ao texto "O mundo é nómada nómada", escrito nos anos 70 do séc.XX:
Num dos seus momentos mais sombrios, Pascal disse que a infelicidade de qualquer homem tinha origem numa única causa: a incapacidade de estar quieto num quarto. 'Notre nature', escreveu, 'est dans le mouvement... La seule chose qui nous console de nos misères est le divertissement.' Diversão. Distracção. Fantasia. Mudança de moda, de comida, de amor e de paisagem. Precisamos dela como do ar que respiramos. Sem mudança, os nossos cérebros e corpos deterioram-se. O homem sentado num quarto com as persianas corridas arrisca-se a ficar doido, torturado por alucinações e introspecção.
Na América, alguns especialistas do cérebro fizeram leituras de encefalogramas de viajantes. Concluíram que as mudanças de cenário e a consciência da passagem das estações do ano estimulavam os ritmos cerebrais e contribuíam para uma sensação de bem-estar e um efectivo objectivo na vida. A monotonia do ambiente e as actividades regulares e fastidiosas urdiam configurações que produziam fadiga, desordens nervosas, apatia, ausência de amor-próprio e reacções violentas. [...] Passamos um tempo exagerado e imenso em quartos com persianas.
[...]
'Aquele que não viaja não conhece o valor dos homens', disse Ibne Batuta, o infatigável viajante árabe, que foi dar uma volta à China e voltou, só pelo prazer. Mas a viagem não se limita a expandir a mente. Faz a mente. As nossas primeiras explorações são a matéria-prima da inteligência e, no dia em que escrevo isto, os organismos oficiais concluíram que as crianças presas em andares altos correm o risco de ficar mentalmente retardadas. Porque é que nunca ninguém pensou nisso?
[...]
***
Ana Cristina trouxe o livro Arriscar, que só aparentemente é uma obra para crianças, reflectindo sobre a importância de não desistir e de continuar de cabeça erguida, "enquanto houver estrada pra andar..."
***
Maria Lúcia Cabrita partilhou com a Tertúlia um bem disposto e original texto sobre as avós e suas danças e contradanças.
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